sexta-feira, 9 de agosto de 2013


Caravana Pixaim: a arte discute a diversidade





A arte é uma poderosa ferramenta para discutir a discriminação racial e o respeito à diversidade. É o que concluem os educadores das escolas visitadas pela Caravana Pixaim, que encerrou mais uma etapa nesta quarta (7), após passar pelas cidades de Chapada dos Guimarães, Campo Verde e Primavera do Leste.

Diretor da escola estadual Ana Tereza Albernaz, Pedro Boaventura da Silva, ressaltou que a experiência com a Caravana é sempre positiva. É que a escola já recebeu a atração há três anos, na primeira edição do projeto. “Com certeza, esta atividade traz uma melhor compreensão aos educadores e alunos sobre o tema da diversidade. Aqui não temos tanta manifestação de preconceito, mas elas acontecem”, disse ele, ressaltando que entre os 1.100 alunos, cerca de 20 são oriundos dos quilombos de Lagoinha de Cima e Lagoinha de Baixo, a cerca de 20 km de Chapada, que já sofreram bastante discriminação.


A coordenadora pedagógica da escola, Delmira Maria de Moraes, conta que o livro “Cabelo Ruim?” é utilizado até hoje pelos professores, no caso de conflitos dentro da escola. “Ele é utilizado nos temas transversais em face destes conflitos. É muito importante trazer este esclarecimento, principalmente porque recebemos alunos da zona rural e quilombolas”, diz ela, contando que uma destas alunas, por vir à escola com os cabelos crespos despenteados, era alvo constante de discriminação, mas não é mais, devido ao diálogo mantido com os estudantes e pais.

Uma das quilombolas é Marcielly Carlos da Cruz, 13 anos. Para ela, o preconceito na escola existe e precisa ser combatido. “Existe bullying na escola sim. Isso é a maior chatice, precisamos conversar mais sobre isso”. “Foi divertido, interessante, ensinando a gente a não ter mais preconceito. Deveria haver mais atividades como estas na escola”, avaliou a aluna Ana Louisa Valadão Costa, 17 anos.


A técnica administrativa Silvana Souza, da escola Waldemon Moraes Coelho, em Campo Verde, concorda que o tema deveria ser mais discutido na escola. “A discriminação é grande, por mais que se tente ser aberto à mudança. Deveria haver mais discussão sobre o tema com as crianças desde pequenas, incentivando o respeito entre elas, nem sempre isso acontece, não só na escola, mas na sociedade em geral”.



Segundo a professora Lucivane Vaz Porto, uma pesquisa feita na instituição mostrou que o preconceito racial entre os alunos vinha em segundo lugar, precedido pelo preconceito contra pessoas com deficiência. “Conversamos muito com os alunos, passamos esta mensagem sobre a necessidade de conviver bem com as diferenças, trabalhando valores como o respeito e a valorização do outro. Todo mundo tem algo a contribuir”.

A aluna Ariane Santana Ribeiro, 13 anos, contou o caso de uma colega de sala, que tem o cabelo “bem ruinzinho”. “As crianças riem dela, eu falo com a professora, mas ela não diz nada. Só ouvimos falar de respeito ao outro na aula de Ensino Religioso”.



Em Campo Verde, a presença da Caravana Pixaim, em 2010, deu frutos. A aluna Larissa Daniela de Lima Velasco, 12 anos, montou uma peça teatral baseada no livro, por iniciativa própria, que foi apresentada aos colegas. “Isso toca a gente, principalmente a mim, pois as pessoas vivem rindo do meu cabelo”...

Para a professora Márcia Regina Martins, da cidade de Primavera do Leste, onde a Caravana esteve na escola Sebastião Patrício, comenta sobre as dificuldades de se tratar do tema. “Procuramos manter o diálogo com pais e alunos, mas todos nós acabamos tendo preconceito, de uma forma ou de outra, não somente preconceito de cor, mas vários outros”.


José Carlos, 13 anos, aluno da instituição, elogiou a iniciativa do projeto, lembrando que a discriminação deixa marcas. “Faz mal tanto para quem pratica como para quem sofre. A pessoa pode desenvolver problemas psicológicos por causa disso. Preconceito é coisa que não devia existir”.

Cerca de 670 estudantes assistiram à apresentação da Caravana Pixaim nas três cidades. O projeto leva a peça teatral “Cabelo Ruim?”, baseada no livro homônimo, e oficinas de tranças afro e de leitura. Cada escola recebeu cerca de 100 exemplares da obra.


O projeto Caravana Pixaim tem o patrocínio, via lei Rouanet, do grupo André Maggi e da Rede Energia. Até setembro, o grupo percorrerá 22 cidades.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Segue a viagem!

Caravana Pixaim visita Chapada, Primavera e 

Campo Verde.




As férias escolares estão no fim e a trupe da Caravana Pixaim volta à estrada, desta vez levando teatro e oficinas de tranças afro e de leitura a um dos principais paraísos ecológicos do país, a cidade de Chapada dos Guimarães (60 km de Cuiabá), onde aportará na próxima terça (6). De lá, segue para a vizinha Campo Verde, distante 241 km da capital e que é destaque nacional pela produção agrícola, onde se apresenta no na quarta (7).  O último município da rota é a próspera Primavera do Leste, reconhecida nacionalmente pelo alto índice de qualidade de vida de seus habitantes. Lá, a apresentação acontece na quinta (8).
Esta é a terceira viagem da Caravana, cujas atividades começaram em julho e seguem até setembro, passando por 22 municípios. A ação cultural, que conta com o patrocínio do grupo André Maggi e da Rede Energia (via lei Rouanet), foi vista por mais de 600 estudantes e professores nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande, Santo Antônio de Leverger, Nossa Senhora do Livramento, Poconé e Jangada. Na bagagem, a peça teatral “Cabelo Ruim?”, com performance da atriz Tatyane Silva, oficinas de tranças afro, com a africana Lídia Dju e de leitura, com a jornalista e autora do livro “Cabelo Ruim?”, Neusa Baptista.
Baseada no livro, a Caravana passará desta vez por alguns dos municípios mais belos, atrativamente turísticos e de economia pujante do Estado.  Quem não se encanta com os paredões de arenito vermelho-alaranjado e os canyons, cavernas, cachoeiras e os cerca de 50 sítios arqueológicos do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, patrimônio a humanidade?  Incrustada nesta beleza natural, a pequena e bucólica cidade receberá a Caravana Pixaim na escola Profa. Ana Tereza Albernaz, no centro da cidade.

Em Campo Verde, a equipe da Caravana conhecerá uma realidade marcada pela pujança econômica. A apresentação acontecerá na escola estadual Waldemon Moraes Coelho. A cidade, a 130 km da capital de Mato Grosso e localizada em posição privilegiada em relação às metrópoles Goiânia, Brasília, Campo Grande e São Paulo, é um dos maiores produtores de algodão em pluma do país, além de milho, soja, suínos e bovinos, além de ter destaque também na pecuária leiteira.

A expectativa pela chegada da Caravana também é grande em Primavera do Leste, com suas de ruas largas, casas bonitas e bem cuidadas, e que receberá a Caravana Pixaim na escola estadual Sebastião Patrício. A cidade, que tem apenas 26 anos, localiza-se a 230 km de Cuiabá e atraiu milhares de migrantes devido ao sucesso do cultivo de soja e algodão, motor da economia local.

O produtor cultural José Paulo Traven avalia que esta será também uma oportunidade de verificar os frutos colhidos da primeira edição da Caravana Pixaim, realizada em 2010, e que esteve nas três cidades.  “A Caravana Pixaim leva para o interior das escolas esta discussão sobre a discriminação racial e contribui para a efetivação da aplicação da lei 10.63/03, que determina a inclusão da temática racial no currículo escolar, tratando-se da realidade da população negra brasileira e a história dos povos africanos que para cá vieram. Esperamos que o município use esta experiência para enriquecer o trabalho de discussão sobre a diversidade e a escola é o melhor lugar para que isso aconteça”.

O projeto será também uma grande ação de incentivo à leitura, já que três mil exemplares do livro “Cabelo Ruim?” serão doados aos municípios.

Até setembro, a ação será vista por crianças de Nobres, Diamantino, Alto Paraguai, Barão de Melgaço, Dom Aquino, Cáceres, Tangará da Serra, Sorriso, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum e Sapezal.

Sobre o livro
Lançado em 2006, o livro “Cabelo Ruim?” conta a história de três meninas – Bia, Tatá e Ritinha – às voltas com o preconceito sofrido devido ao cabelo crespo, chamado de “pixaim”, “bombril” etc. pelos colegas de escola. Por meio da amizade, elas descobrem a importância de valorizar sua estética para se sentirem bem consigo mesmas.

Veja o roteiro completo
06.08 – Chapada dos Guimarães
06.08 – Campo Verde
07.08 – Primavera do Leste
13.08 – Rosário Oeste
14.08 – Nobres
15.08 – Diamantino e Alto Araguaia
20.08 – Barão de Melgaço
21.08 – Dom Aquino
23.08 – Rondonópolis
11.09 – Cáceres
12.09 – Tangará da Serra
17.09 – Sorriso
18.09 – Lucas do Rio Verde
19.09 – Nova Mutum
24.09 - Sapezal

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Caravana Pixaim



Mais de 600 expectadores em primeira temporada pelo interior

Mais de 600 crianças de quatro cidades de Mato Grosso participaram da primeira temporada do projeto Caravana Pixaim nos últimos dias. Somadas às já atendidas pelo projeto em Cuiabá e Várzea Grande, a ação já atingiu quase mil crianças, além de professores e funcionários de escolas estaduais. Nos últimos dias, a ação passou por Santo Antônio do Leverger, Nossa Senhora do Livramento, Poconé e Jangada.

A Caravana Pixaim distribuirá três mil exemplares do livro “Cabelo Ruim”, da jornalista Neusa Baptista a escolas de 22 cidades e leva uma peça teatral homônima baseada no livro para discutir as relações raciais dentro da escola.



Desde a última sexta-feira (5), o projeto tem percorrido as escolas levando oficinas de leitura e escrita, esta última ministrada pela autora do citado livro, Neusa Baptista; oficinas de Tranças Afro, com a Lidia Rosa Dju de Guinea-Bissau. À frente do projeto está o produtor Paulo Traven, da CUFA-MT.

Em Santo Antônio de Leverger, onde a Caravana esteve na escola Leonidas de Matos (600 alunos), a coordenadora do programa Mais Educação, Gretchen Pinheiro, ressaltou que a população local é mestiça e que, portanto, tem levado a discussão sobre a diversidade à sala de aula por meio do diálogo. “Trabalhamos temas como direito, cidadania, valores, na medida do possível”, disse ela.



O estudante Kilmair Ygor Galdino, 10 anos, ressalta a presença do preconceito na escola por meio de piadinhas, brincadeiras, mas reprova a atitude. “Tem meninas que tem o cabelo enrolado e são chamadas de bombril. Isso é horrível, pois se fosse a gente, não íamos gostar”. A opinião é compartilhada pela maioria dos alunos participantes das atividades, porém a maioria identifica situações de discriminação racial na escola e na sociedade. “Cada um tem seu nome, ninguém gosta de apelidos”, disse a estudante Clara da Silva, 14 anos.

A professora Elaine Cristina da Silva aponta que a discriminação está geralmente relacionada à aparência. “Qualquer coisa fora do estereótipo é alvo de piadas e apelidos”.



A mesma opinião é expressa pela coordenadora da escola José de Barros Maciel, em Nossa Senhora do Livramento, Mariluce Fátima da Silva. “Não podemos negar que o preconceito racial existe. Aqui mesmo na escola, em dia de festa junina, ninguém quer dançar com as meninas mais ‘moreninhas’”.  O estudante Geovane Carvalho da Silva, 11 anos, confirma que os xingamentos dos colegas são constantes.  “Tem colega da sala que é chamada de cabelo Bombril. Tem reunião de pais, mas ninguém participa”.
A professora Azélia Martins Melo lembrou que, na edição anterior da Caravana, em 2010, era assessora pedagógica e trouxe à escola os remanescentes de quilombolas da comunidade de Mata Cavalo. “Foi muito proveitoso, pois meninas de lá que fizeram a oficina de tranças depois voltaram aqui para dar mais uma oficina”.



Em Poconé, onde a Caravana passou pela escola Bacharel Ribeiro de Arruda,  a professora de História Marilda Domingas informa não haver projeto específico sobre o tema na escola, mas que isso é abordado de forma contínua. “Conversamos muito com os alunos, mas sentimos sua resistência a discutir esse tema”.  O diretor Wanderson Sebastião Barbosa (Ximbo) confirma que 70% das crianças são negras, descendentes dos negros escravizados no passado.  “Até quarenta anos atrás havia locais interditados aos negros na cidade. Mas isso mudou muito. Na última eleição, tivemos duas vereadoras negras”.

A articuladora educacional da escola Prof. Arlindo de Souza Bruno, em Jangada, Eucila Jesus de Arruda, comenta que as atividades voltadas ao tema se concentram em novembro, mês da Consciência Negra. “É preciso mudar, e é mais fácil mudar as crianças. Este trabalho de conscientização é muito importante”.
A professora de Educação Infantil Vilma Vera Mendes, fala da falta de materiais didáticos e das dificuldades de trabalhar o tema. “A gente lê muito para eles sobre isso. O último livro foi ‘Menina Bonita de Laço de Fita’ e foi muito bom. Aqui não temos projetos, mas já trabalhamos isso em projetos em outras escolas”.



Devido às férias escolares, as ações do projeto voltam em agosto.

Mais fotos do Projeto -> http://www.flickr.com/photos/cufamt/sets/72157633606866607/

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Projeto Caravana Pixaim, volta a estrada!

Caravana Pixaim finaliza percurso pela Capital e VG e segue para o interior

Por: Neusa Baptista
Fotos: Leana Santos


A Caravana Pixaim, que levará teatro, leitura e tranças afro para escolas públicas de 22 municípios de Mato Grosso, encerrou suas atividades em Cuiabá e Várzea Grande, e segue nesta sexta (5) para Santo Antônio de Leverger, onde as atividades começam à 
partir das 14 h.

Na cidade industrial, a Caravana visitou a escola Dante Martins de Oliveira. Entre os que aprovaram a iniciativa estava o diretor da unidade de ensino, Carlos Caetano, que também é liderança do movimento negro.  De acordo com ele, há grande necessidade de discutir sobre diversidade na escola, pois há muitos casos de bullying racial e 80% dos alunos são negros. Ele, que já esteve em uma das apresentações da Caravana Pixaim em 2010, se disse contente com a oportunidade de levá-la à sua escola. “Ficamos felizes em receber este projeto, pois na escola enfrentamos situações de racismo muito presentes, tanto que temos até um projeto para tratar deste tema. A escola precisa dar este tom a seu discurso”.

Carlos Caetano


A aluna Maria Karolaine Santos, de 11 anos, confirmou a existência de preconceito na escola, principalmente o de origem racial. “Todo mundo põe apelido em todo mundo, chamam um de barrigudo, falam do cabelo das meninas. Isso é muito triste”. 
Outra aluna, Hanela Vitória Arruda, de 10 anos, reclama das constantes piadinhas feitas pelos colegas de classe sobre a aparência física das crianças. “É preciso mostrar que todos são iguais”.

Maria Karolaine Santos

O pátio da escola ficou pequeno para as cerca de 350 crianças que lotaram o local para ver a peça e participar das oficinas. Além delas, mães de alunos também compareceram. “Vim para aprender a fazer a trança afro, pois já sei colocar tranças e a procura é muito grande. Acho muito bonito e uma forma de valorizar o cabelo da gente”, comentou a cabeleireira e manicure Edilaine Driele da Silva, de 25 anos.

Neusa Baptista, Edilaine Driele da Silva e Eliane G.

A professora Ione Benedita de Oliveira, uma das participantes do projeto Arte Africana e Suas Influências, desenvolvido na escola, apontou a necessidade de conhecer a verdadeira história do povo negro. “Muitos alunos acham que os negros já vieram para cá como escravos e, portanto, que eram escravos em sua terra natal. Procuramos resgatar esta história que está sendo mal contada há tanto tempo, mostrar o que os negros deixaram de bom para o país”.

Ione Benedita de Oliveira


“O que eu não quero para mim, não faço para os outros. Os apelidos são muito ruins, não fazem bem para ninguém”, comentou o aluno Kennydy Gomes Corrêa, de 14 anos, que foi um dos ganhadores dos exemplares do livro “Cabelo Ruim?” sorteados entre os alunos.

Kennydy Gomes Corrêa e Hanela Vitória Arruda

Escola histórica.

Em Cuiabá, mais de 200 alunos da escola estadual Senador Azeredo, no bairro do Porto, participaram na tarde desta quarta (3) da abertura da temporada 2013 do projeto Caravana Pixaim. Alunos das séries iniciais do Ensino Fundamental assistiram ao espetáculo “Cabelo Ruim?”, encenado pela atriz Tatyane Silva, que encarnou as personagens do livro homônimo – Bia, Tatá e Ritinha -, encantando os pequenos com as peripécias vividas pelas meninas em torno do cabelo ruim.


A diretora Maria Luiza Ippolito Pelufo destacou que na unidade, o tema é abordado de forma interdisciplinar, discutido em todos os momentos da ação educativa. “Embora eu ache que o preconceito é uma coisa superada, ainda temos resquícios de preconceito, sentimos isso muito forte aqui na escola”.

A escola, que conta com 479 alunos, convive com as diferenças no dia a dia, pois recebe alunos oriundos de famílias tradicionais do bairro do Porto, descendentes de ribeirinhos, e com crianças atendidas pelo Lar da Criança e pelo Projeto Nossa Casa, muitas das quais em situação de vulnerabilidade social, advindas dos projetos Nossa Casa e do Lar da Criança.

A costureira Sônia Maria Beteleque aprovou a realização da ação na escola e a viu como necessária. “É muito bom discutir isso na escola, pois há muito preconceitos, sim. Vejo isso pelo meu próprio filho, que vive colocando apelidos nos outros, porque é gordinho, ou deficiente. E eu não sou assim. É importante a escola tratar disso”.

O coordenador do programa Mais Educação, Flúvio Henrique de Arruda Fortes, aprovou o projeto, que considerou “ótimo” por trabalhar com as diferenças, algo que é comum na escola.  “Nosso público é muito diverso, então abordar o tema da diferença é muito importante, com certeza será um grande aprendizado para as crianças”.
Além das atividades, cada escola recebeu 100 exemplares do livro.



Cronograma


Na próxima semana, a Caravana segue para os municípios de Nossa Senhora do Livramento (8), Poconé (9) e Jangada (10), retornado às atividades em agosto, após as férias escolares. A Caravana Pixaim é patrocinada pelo Grupo André Maggi e pelo Grupo Rede, via Lei Rouanet.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Projeto Pixaim,CUFA-MT,recebe certificação de Tecnologia Social da Fundação Banco do Brasil


Projeto Pixaim é uma Tecnologia Social!




O que é Tecnologia Social?

Compreende produtos, técnicas ou metodologias reaplicáveis, desenvolvidas na interação com a comunidade e que representem efetivas soluções de transformação social.

É um conceito que remete para uma proposta inovadora de desenvolvimento, considerando a participação coletiva no processo de organização, desenvolvimento e implementação. Está baseado na disseminação de soluções para problemas voltados a demandas de alimentação, educação, energia, habitação, renda, recursos hídricos, saúde, meio ambiente, dentre outras.

Fonte: http://www.fbb.org.br/

Carta da Fundação Banco do Brasil




O Projeto Pixaim nasceu em 2009 com oficinas de trança afro,leitura e teatro,que foram desenvolvidas no bairro Alvorada,Cuiabá/MT. A força do Projeto é tão grande que podemos afirmar que ele é vivo,possui força própria,sempre pautando suas ações no campo da geração de emprego e renda,tendo um recorte bem definido,a Mulher.




Desdobramentos

Diante do grande potencial do Projeto Pixaim ele gerou outras ações,que podemos chamar de desdobramentos Pixaim. Em 2010 ele se tornou um Ponto de Cultura,reforçando ainda mais suas oficinas de trança,leitura e desta vez, a oficina de confecção de boneca de pano negra.

As ações foram e são desenvolvidas no Centro Esportivo e Cultural CUFA (CECC),no bairro São João Del Rei,Cuiabá/MT.

O segundo desdobramento foi a Caravana Pixaim,que circulou mais de 30 cidades no estado de Mato Grosso,desenvolvendo ações de trança afro,leitura, e apresentação da peça teatral “Cabelo Ruim?”,baseada no livro com o mesmo nome, da escritora e jornalista Neusa Baptista, livro este que foi doado as escolas visitadas,contabilizando 5.000 exemplares. A Caravana Pixaim foi patrocinada pela Lei Rouanet, e contou com recursos do Grupo André Maggi.

Neste mesmo ano o Projeto Pixaim abriu mais dois campos de atuação: Educação e Beleza. Desenvolveu ações com o Pixaim nas Escolas,levando temáticas fundamentadas na lei 10.639/03,entregou para mais de 1000 alunos o Kit Pedagógico Pixaim (Três bonecas de pano negra,camiseta,livro “Cabelo Ruim” e uma bolsa).

No campo da beleza,participou do Probeleza Cuiabá 2010,2011,um dos maiores eventos do segmento do Brasil, e da III Semana da Beleza do Sesc (2011),Cuiabá/MT,tendo como objetivo apresentar outras possibilidade para arrumação do cabelo crespo,mais direcionado para o público feminino,por meio de oficinas elaboradas pela coordenação do Projeto Pixaim.

Foi a proposta diversificada e transversal do Projeto Pixaim ,que fez dele uma Tecnologia Social.



terça-feira, 2 de agosto de 2011

A Beleza na Raíz fazendo a cabeça de todo mundo

Projeto Pixaim proporcionou emoção, inovação e exclusividade na manhã de domingo (31)

Por Ederson Déka



Este sorriso largo e aberto que vocês estão vendo acima não é em vão, pois imagine só, ter o seu cabelo trançado com uma trança exclusiva a ainda por cima ela ser batizada com o seu nome, é o máximo! E foi isso que aconteceu ontem (31) com a estudante de Serviço Social (UFMT), Jedcil Magalhães (30),moradora do bairro Dom Aquino, na ação social tendo como tema A Beleza na Raíz, realizada no CECC (Centro Esportivo e Cultural CUFA),São João Del Rei,Cuiabá.



A jovem Jedcil ficou extremamente emocionada com o trabalho feito por Val Siqueira,que foi aluna da segunda turma de trança Afro do Projeto Pixaim em 2009, em seu cabelo, pois ela nunca havia trançado o cabelo antes e percebeu que isso valorizou muito mais sua expressão facial e sua beleza negra.


Confira mais no vídeo: A Beleza na Raíz






Foram realizados diversos cortes e tranças, dentre estes os que fizeram mais sucesso foram aqueles com desenhos artísticos, neles o cabeleireiro Jair mostrou toda sua habilidade e deixou a galera extasiada a cada corte, fazendo literalmente e cabeça da garotada, que contou também com a colaboração de seu irmão, também cabeleireiro Joel.


A iniciativa partiu dos consultores de beleza do Projeto Pixaim, Jair e Val, do Instituto de Beleza Jair e Val VIp´s,que se dispuseram a dar um domingo de beleza para moradores da região do Osmar Cabral,tendo como objetivo apresentar as possibilidades de cortes e penteados para cabelos crespos e a CUFA Cuiabá abraçou a ideia e ,juntos,colocaram em prática esta que foi a primeira de muitas que ainda vão vir por ai.

Mais fotos AQUI.





quinta-feira, 28 de julho de 2011

Promoção PIXAIM: A Beleza na Raiz

Por Michelle Bueno

Meninas, e meninos, para quem tem cabelos crespos, e já os assumiu, sim sim, porque se você é como eu não vale! kakakaka…



PROPOSTA DE CORTES CABELOS MASCULINOS

Cortes: (da esquerda para direita) Raypaker, Coxinha e Black Bahia

No ano de 2011 o Projeto Pixaim está ampliando a sua linha de trabalho, além de falar diretamente ao público feminino, apresentando penteados que são alternativos ao alisamento do cabelo crespo, estamos inserindo também o resgate do uso do cabelo crespo pelos homens quebrando, assim, o paradigma de que homem negro deve apenas deixar o seu cabelo raspado.

Com a diversidade de conceitos e a busca por uma identidade que valorize a história da população negra mato-grossense, o projeto quer ampliar a leitura dos cabeleireiros e cabeleireiras e comunidade em geral demonstrando que o cabelo crespo e encaracolado, em suas diversas formas é uma proposta para o dia a dia e agrega valores culturais e sociais a cada cidadão

O Projeto Pixaim é uma ação produzida pela organização Central Única das Favelas – Cuiabá – Mato Grosso.

PROPOSTAS DE CORTES FEMININOS BLACKS


Eu SEMPRE apoio as ações da CUFA, porque confio no trabalho deles, são pessoas que querem mais da sociedade e da vida, melhorando e proporcionando oportunidades não apenas à valorização da estética, mas também do trabalho, danças relações culturais e MUITO mais.

E foi pensando neste apoio que o pessoal do projeto PIXAIM, disponibilizou aqui no blog, 2 cortes de cabelo masculino, e 2 cortes femininos.

Se você não quer perder a oportunidade de dar aquele jeito no seu crespo é só dar RT na frase:

“Eu quero valorizar meu cabelo crespo com o @Pixa_im e Blog da @Michellerlbueno http://kingo.to/KE5″

Entraremos em contato com os vencedores para passar data e hora do corte! Weeeeee… aproveite.. se joga.