As oficinas de trança afro do Projeto Pixaim já estão gerando resultados na comunidade da Agrovila das Palmeiras, em Santo Antônio de Leverger, interior de Mato Grosso. Ao todo cerca de 20 mulheres e meninas da comunidade estão participando da atividade, que é coordenada pelo núcleo Maria Maria da Central Única das Favelas de Mato Grosso (CUFA-MT).
A oficina integra o Projeto Agrovila das Palmeiras, desenvolvido pela Oscip Instituto Creatio na comunidade. As aulas acontecem aos sábados, e a presença das jovens e senhoras é grande. Uma prova do resultado gerado: muitas das alunas já chegaram trançadas para a aula deste sábado.
A atividade começou com um bate-papo entre as participantes da oficina e a coordenadora de Projetos da CUFA-MT, Karina Santiago, que falou sobre as atividades que as mulheres desempenham, tais como ser mãe, dona-de-casa, esposa, profissional etc. Em seguida, Karina exibiu um videoclipe da cantora Alicia Keys, chamado “Superwoman”, que mostra várias mulheres, cada uma com sua profissão, superando as dificuldades do dia-a-dia.
Depois do bate-papo, começou a oficina de tranças, em que a cabeleireira Val Siqueira pediu empenho e dedicação às meninas. Val é uma das trançadeiras formadas pelo Projeto Pixaim, em sua primeira ação, realizada este ano no bairro Alvorada em Cuiabá. Neste projeto, ela atua como multiplicadora, repassando o que aprendeu às futuras trançadeiras.
A cada passo a passo ensinado por Val, as participantes ficavam atentas e já começavam a botar a mão na massa, absorvendo as novas técnicas com uma facilidade espantosa. Com muito entusiasmo e força de vontade para aprender, as meninas começaram a trançar e a desenvolver outras técnicas, utilizando fios de lã.
A auxiliar de serviços gerais Gleice Ferreira Meira, de 27 anos, está buscando geração de renda. “Eu pretendo seguir fazendo as tranças porque sempre aparecem penteados no final de ano, formaturas e aniversários para a gente fazer. E também é um meio de ganhar dinheiro e ajudar no nosso salário”.
Animadas com a possibilidade de gerar renda, as meninas já estão se organizando para realizar tranças na comunidade todos os finais de semana, uma forma de se tornarem mais práticas na confecção do penteado.
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